RH HUMANIZADO

Estou atrasada com as postagens? Estou! Mas pelo menos eu cheguei!

Trouxe um conteúdo de primeira, super necessário e que nos permitirá ter uma nova visão sobre um setor dentro de uma empresa, seja ela de pequeno ou grande porte. Faz a diferença SIM!

Vem comigo...

A primeira vez que ouvi este termo - RH Humanizado - confesso que estranhei. Afinal o nome de uma área que é responsável por pessoas e se chama Recursos HUMANOS, ainda teria que ser humanizado?

Na mesma hora fiquei pensando que aquilo deveria ser a premissa básica do departamento, tentando entender melhor do que se tratava o termo que começou aparecer com mais frequência, fui curiosa pesquisar e entender.

Para quem tanto quanto eu, ficou com dúvidas no termo, vou tentar dar uma breve descrição: Gestão de Pessoas Humanizada é um conjunto de processos de Recursos Humanos em que o bem estar dos colaboradores é o principal objetivo, sendo também o caminho para que a empresa possa alcançar suas metas financeiras. Ou trocando palavras: Os lucros serão uma consequência de uma equipe bem estruturada, que possui engajamento naquele propósito, objetivo e se sentem parte do que aquela empresa faz.

A gestão de pessoas humanizada acontece em todos os processos do dia a dia desta área. Começa no processo seletivo onde o candidato se dedica um tempo considerável para responder um questionário comportamental, teste de lógica, aquela prova ou case, entrevista com RH, entrevista com o gestor da área e no final não recebe sequer um retorno do processo seletivo. Já como colaborador, o RH oferece benefícios de acordo com a necessidade do seu público, consciente de que estamos vivendo tempos economicamente sensíveis e complexos, em que só o salário em dinheiro não é suficiente. Nos processos de avaliação, quaisquer que sejam, existe clareza para que o colaborar perceba sua evolução no desenvolvimento e consegue ter clareza dos próximos passos que ele pode trilhar na carreira. E por falar em carreira, os processos de promoção e mérito tem regras claras e transparentes para que fique compreensível que são feitos com base em resultados e avaliações constantes, sem favoritismos. E até mesmo na saída do colaborador a gestão de pessoas deve ser humanizada no sentido de que, ao ser desligado o colaborador deve ter todas as informações sobre rescisão informadas e receber aquilo que lhe é devido, com datas previamente combinadas entre as partes.

Muitos dos processos citados a cima, são extremamente burocráticos e voltados para o interesse da empresa, de como ela quer ser vista no mercado, do processo que ela oferece e na maioria das vezes ignora o que é o principal protagonista de tudo isso: o colaborador.

A pandemia ainda nos trouxe uma necessidade que sempre esteve “no nosso nariz” e/ou muitas vezes ignorada pela maioria das empresas que é a necessidade de se ter programas voltados para Saúde Mental e Qualidade de Vida do colaborador. Este tema, visto como “tabu” pelas pessoas, era ocultado pelas empresas e seus colaboradores por sua vez, simplesmente por não sentirem segurança para compartilhar dentro dos ambientes corporativos que estavam adoecidos por algum tipo de doença psicológica, certos de que sofreriam retaliações da empresa.

Há pouco mais de dois anos atrás, falar nisso parecia impossível dentro das organizações. Com a chegada da pandemia e seu cenário de extrema instabilidade e sensibilidade muitas pessoas adoeceram e foi impossível fingir que não estava acontecendo. Os índices de absenteísmo e turnover subiram e obrigaram as empresas a oferecer ferramentas de apoio psicológico, a falarem sobre o tema e a preparar minimamente suas lideranças para lidarem com isso.

Portanto, acredito fortemente que vivemos em um tempo em que será difícil ignorar a Humanização do RH, bem como o cuidado empático e genuíno com as pessoas passa a ser uma condição mínima para prosperidade de qualquer negócio a médio e longo prazo.

Tatiana Adorno I Psicóloga CRP 06/175280